terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Desabafo



Pai
 Pai é aquela pessoa que quando crescemos nos serve de figura de referencia. De certo e errado, de bom e mau, de honra. Pai não necessariamente é uma pessoa que possua vinculo sanguíneo direto, ele nãoprecisa realmente ter participado do momento chave da transformação que cria a vida. Pai é a figura paterna de homem que nos pé referencia.
Toda pessoa forma um pai, seja ele real seja imaginário, na ausência de um pai ou figura  masculina próxima para  servir de exemplo.
Pai é alguém que deve fazer diferença na sua vida.
Eu posso dizer que tive sorte ou azar nesse requisito,  acho que mais azar que sorte. Eu tive dois pais, na realidade posso ter tido três . Mas dois, realmente, foram pessoas que  me marcaram mais. O primeiro foi meu pai biológico, , que morreu quando eu tinha  três anos. Não posso falar muito do cara, sempre cresci com uma imagem feita pela família de quem ele era e do que ele havia feito de errado, e  sempre me esforcei para nãos ser em nada como ele.
è uma contradição já que   temos o mesmo gosto musical e o mesmo gênio explosivo (apesar de eu ser bem mais controlado do que ele  pelo que me contam).
Da minha mãe herdei o sorriso, a forma de pensar, de questionar o mundo ao meu redor.
Sim é complicado quando o pai da gente morre e nos deixa um buraco vazio. Eu preenchi essa lacuna com um tio, um homem que eu  enxergava como perfeito na minha infância e na adolescência. Bem, ao menos, até o período da  adolescência aonde você questiona a autoridade. Quando isso aconteceu entramos em choque. Eu nunca deixei de amar e respeitar o cara, ele era a minha imagem de como um  homem correto deveria agir e eu não enxergava os defeitos dele. Uma coisa que filhos tem com pais, ou veem todos os defeitos ou so veem as qualidades. É como se o pai fosse ou o super-homem ou Lex Luthor, nunca podendo pro jovem padawan* ser  uma mistura de ambos.

E assim como é  para tantos era para mim. Nâo fazia diferença  se havíamos brigado, eu  amava o meu “pai” e culpava outros pelas atitudes dele. Eu não queria enxergar seus defeitos ou sua mesquinharia. O fato é que esta noite eu perdi meu segundo pai. Antes de mais nada, ele não esta morto, goza bem de sua saúde física. Mas em algum lugar do meu coração o carinho que tinha por ele  morreu. Sim todas as lembranças boas da infância não valem nada, quando o homem que  você ama como um pai  demonstra que  não quer a sua presença nas áreas em que ele  convive. Não importa a razão, quando  alguém demonstra que  você não é bem vindo   o que você pode fazer? Normalmente  eu  simplesmente deixaria o local. Mas é impossível nesse caso, por que ele quer  que eu deixe a casa aonde eu moro com minha mãe e avó. Isso por que ele quer eventualmente usar a casa em alguns finais de semana. Ele não quer ver a minha presença e o fato agora pé que eu não quero mais conviver com ele. Mas eu não irei ceder a minha casa pra um invasor visitante simplesmente por que ele ta de mal com a vida.  Mesmo que a casa s eja parte dele, ela ainda pertence á a minha avó que me criou desde pequeno. E eu não voui abandonar ela  simplesmente por que ele quer alguma coisa.
Ele pode ter se esquecido que me ensinou que família vem em primeiro lugar. Mas eu não me esqueci dessa lição. Eu sou Brauner e um Brauner não se entrega.

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