terça-feira, 5 de setembro de 2017

Minha Relação com a Leitura - Trabalho academico



UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
MÓDULO II: GÊNEROS TEXTUAIS
ATIVIDADE TRÊS
JAYME FERNANDO ARAÚJO MOREIRA JÚNIOR


HISTÓRICO DA MINHA RELAÇÃO COM A LEITURA
Desde muito pequeno eu tenho  uma forte relação com a leitura, minha mãe sempre gostou de ler e eu sempre a via lendo. E ela, como toda boa mãe, lia pra mim quando eu era pequeno. Estudei  em classes de alfabetização no Instituto Metodista Bennett no rio de janeiro entre  1984 e 1989, e nessas classes  foi feita a minha alfabetização. Me recordo de uma feira do livro em 1986 em que comprei um livro ilustrado em estilo de historia em quadrinhos que contava a origem do homem-aranha, nesta época eu lia com frequencia quadrinhos da turma da Monica, Tio Patinhas, pato Donald e Mickey, e como assistia muitos desenhos animados, tive contato com gibis dos Thundercats, Turma Titã, Comandos em Ação e o Pequeno Ninja. Segundo Barbosa (2004, p. 21), “há várias décadas, as histórias em quadrinhos fazem parte do cotidiano de crianças e jovens, sua leitura sendo muito popular entre eles. [...] As histórias em quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico”.  Acredito que Barbosa está certo, mas que a leitura de histórias em quadrinhos não se limitam ao conteúdo escolar, e que aumentam o senso crítico do leitor ao desafiar  sua compreensão enquanto estabelece um desenvolvimento  cognitivo do leitor.
Minha mãe também comprou nessa época uma coletânea de livros que vinham com fitas k7, que contavam as historias contidas nos livros. Era uma coletânea da Disney com mais de vinte exemplares, cada um contendo duas histórias clássicas  como Cinderela, Pedro e o Lobo,  Branca de Neve, Mickey e o Gigante entre outras. Ainda segundo Barbosa (2004, p. 22), “Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente – a interligação do texto com a imagem, existente nas histórias em quadrinhos, amplia a compreensão de conceitos de uma forma que qualquer um dos códigos, isoladamente, teria dificuldades para agir”. Assim os quadrinhos, como os próprios desenhos animados trabalham e desenvolvem a cognição e o raciocínio do sujeito,  incentivando a imaginação. O desenvolvimento da imaginação é primordial para o pleno desenvolvimento da capacidade de leitura, já que precisamos dela para montar em nossas mentes  uma imagem das coisas que lemos.
Com o passar do tempo, na escola Nossa Senhora Estrela do Mar,  entre 1989 e 1996,  outros livros  chegaram a minha mão. Livros maravilhosos como os que fazem parte da Coleção Vagalume: As Aventuras de Xisto, A Ilha perdida, Passageiros do futuro, e outros livros de literatura infanto-juvenil como O Curumim sem Nome, fizeram parte da minha lista de leitura. É justo afirmar que esses livros somente puderam ser  lidos e assimilados, por eu já ter um bom acervo imagético na minha  imaginação derivado de quadrinhos, filmes , series e de outras leituras prévias.  Em 1992, aprendi a jogar RPG, através do sistema Gurps, em 1994, Dungeons and Dragons, em 1996 Vampiro: a mascara e Lobisomem: o apocalipse. O relevante é que os jogos de RPG, que é um jogo onde você cria um personagem e o joga estão  intrinsecamente ligados a leitura. Esses jogos  possuem manuais de regras escritos que precisam ser lidos para serem compreendidos, possuem para a melhor interpretação do personagem quando joga  a necessidade  da leitura de livros  tanto para melhor entender o cenário como também  para  compreender  a forma de vida dos personagens. nos anos seguintes continuei sendo um leitor acima da media, tendo lidos series como  Rangers Ordem dos Arqueiros, os livros da serie Bento do autor André Vianco, a serie de  livros do Eragon,  xogum, Cronicas saxonicas entre  tantos outros. è interessante notar também que jogos  de computador e videogames  tem sido  roteirizados como Halo, Assasssins Creed, Diablo, e que livros e quadrinhos  se misturam criando  universos expandidos como no caso  de Walking dead e Star Wars (que se somam em ambos os  casos a filmes e series).
 Como educador eu me preocupo com  as  questões do desenvolvimento cognitivo dos meus alunos quanto a preguiça de ler. O site Edição Brasil nos diz que 30% da população é  formada por analfabetos  funcionais em 2017. Considerando que 17 % da população tem ensino superior  ou cursou  ensino superior  esses indicies são alarmantes. Obviamente que como professor eu não tenho como alterar índices nacionais, tão pouco internacionais, apenas posso  alterar  e  tentar desenvolver o gosto pela leitura dos meus alunos. Para fazer isso eu tenho nos ultimos anos   separado algumas de minhas aulas para aulas de leitura onde levo livros da coleção vagalume para sala de aula e distribuo aos alunos recomendando a leitura deles  me baseando no que eu gostei de ler na mesma idade deles. em outros casos eu levo livros da minha própria coleção pessoal ou (Biblioteca própria) e empresto aos alunos por um tempo determinado para que eles leiam em casa (caso  gostem do que leram em sala de aula. tenho percebido que muitos alunos dizem que não gostam de ler, por que  depois da leitura são obrigados a  fazer algum trabalho sobre, e isso remove o prazer da  leitura ja que são forçados. na minha aula a única regra durante a aula de leitura é ler e não atrapalhara leitura dos colegas. E tem tido resultados.
Referencias bibliograficas
BARBOSA, Alexandre; VERGUEIRO, Waldomiro (orgs.) Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004
Edição Brasil, Analfabetismo funcional atinge 27% da população,  Disponível em http://edicaodobrasil.com.br/2017/03/17/analfabetismo-funcional-atinge-27-da-populacao/ Acesso em 12/08/2017

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