segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

tenho odio a dia de chuva

Chuva
Eu Detesto a chuva
Foi sempre num dia chuvoso
que em cemiterios me despedia
de um amigo da juventude
Do tio avô que como neto me acolhia
da minha Mãe
Minhas lagrimas com a chuva escorria
Detesto dias de chuva
Blackouts neles ocorrem
E sem a eletricidade
As midias que me entorpecem
Desaparecem
Eu fico no escuro
com meus pensamentos
alguns luminosos outros obscuros
perdido, enquanto não passa o tempo
aprisionado em segundos eternos
que na solidão são tormento.
E esse poema Demonstra um lamento
mas é apenas uma Reclamação
Vinda de um orfão
que quando era pequeno
Ouvia o som do trovão
assustado chorava achando
que no céu,
Seu pai furioso o estava punindo

 

poema da madrigada

Poema da madrugada
Na casa vazia
Onde outrora
se ouviam passos
haviam risos
passam as horas
As luzes apagadas
salas e quartos
antes movimentados
poeira acumulam agora
Das crianças
os risos ecoam no vazio
Os gritos não mais
preenchem o atrio
E a solidão
agora reside
em cada canto
e a esperança em desafio
ainda resiste.